PLANTAS MEDICINAIS

As plantas consideradas medicinais, contém substâncias bio-ativas com propriedade terapêuticas, profilática e paliativa, conhecidas desde os tempos remotos. Essas plantas são utilizadas pela medicina atual, chamada fitoterápia e suas propriedades são estudadas nos laboratórios farmacêuticos, a fim de isolar as substâncias que lhe conferem propriedades curativas. Muitas destas plantas são venenosas ou tóxicas, devendo ser usadas em doses muito pequenas para terem o efeito desejado. Toda a planta, mesmo alimentícia, pode ser potencialmente tóxica dependendo da dosagem.

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TEMÁTICA

As plantas medicinais são utilizadas pela medicina atual (fitoterapia). Entretanto, a planta “in natura” ou pré porcessada utilizada pela população sem recomendação médica é uma prática denominada “Medicina Popular” e obviamente tem seus riscos, como a dificuldade em se estabelecer dose, posologia e, em alguns casos, a verdadeira identidade de algumas espécies.

Desta forma, este espaço apresenta o uso das plantas medicinais como alternativa terapêutica e para tanto, deve ser acompanhada por um profissional da saúde.



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As informações aqui contidas não têm caráter de aconselhamento e muito menos de diagnóstico, apenas informativa. Consulte sempre um profissional da saúde para qualquer tipo de informação.

10 de jul. de 2009

CEBOLA - Allium cepa L. - Propriedades Medicinais - 02


Flor

Cebola com raiz

Cebolas

Cebolas para colheita

Plantação de cebolas
CEBOLA
FAMILIA: Liliaceae
NOME CIENTIFICO: Allium cepa L.
NOME POPULAR: Cebola
PARTE USADA: Bulbo tunicado
PRINCÍPIOS ATIVOS: Óleo essencial (componentes sulfurados); vitaminas; sais minerais; pigmentos; flavonóides; glucoquinina, quercetina (não na cebola branca)
PROPRIEDADES TERAPÊUTICAS: Antiinflamatória, antibiótica, antiviral, sedativa, antioxidantes, cardiovascular, antitumoral. Imunológicas.
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS: Afecções das vias respiratórias (resfriados, gripes, coriza e tosse), eliminador de uréia e cloretos, diabetes, enxaqueca, asma, infecção urinária (suco).
DESCRIÇÃO BOTÂNICA
Morfologicamente, a cebola é descrita como uma planta herbácea, cuja parte comercial é um bulbo tunicado, que apresenta variação em formato, cor, pungência, tamanho e conservação pós-colheita.
No desenvolvimento da planta, as folhas, que podem ser cerosas ou não, apresentam disposição alternada, formando duas fileiras ao longo do caule. As bainhas foliares, nas quais as folhas se inserem, projetam-se acima da superfície do solo e formam uma estrutura firme, comumente chamada de caule, mas que, na realidade, é um pseudocaule. O caule verdadeiro está localizado abaixo da superfície do solo e é composto por um disco achatado (prato), situado na extremidade inferior do bulbo (Fig. 1), que emite raízes fasciculadas, pouco ramificadas, com maior concentração nos primeiros 30 cm do solo, mas que podem alcançar 60 cm de profundidade. De forma geral, as raízes raramente alcançam 25 cm de profundidade, sendo que lateralmente não superam a 15 cm.
ORIGEM: Ásia

COMPOSIÇÃO
Cada 100 gramas de cebola contém:
-Calorias - 33 kcal
-Proteínas - 1,5 g
-Gorduras - 0,3g
-Vitamina A - 125 U.l.
-Vitamina B1 (Tiamina) - 60 mcg
-Vitamina B2 (Riboflavina) - 45 mcg
-Vitamina B5 (Niacina) - 0,15 mg
-Vitamina C (Ácido ascórbico) - 10 mg
-Potássio - 180 mg
- Fósforo - 45 mg
-Cálcio - 35 mg
-Sódio - 16 mg
-Silício - 8 mg
-Magnésio - 4 mg
-Ferro - 0,5 mg

PROPRIEDADES E BENEFÍCIOS
FLAVANÓIDES
Representado pela QUERCETINA, que é um composto polifenólico com as seguintes atividades:
1.ANTIOXIDANTE
Removendo os radicais livres, exercendo um papel citoprotetor em situações de risco de dano celular. Junto com a vitamina C, a quercetina demonstrou efeitos sinérgicos na função antioxidativa. O ácido ascórbico age como um redutor da oxidação da quercetina, de maneira que combinados, a vitamina C permite uma sobrevivência maior do flavonóide para cumprir suas funções antioxidativas. Por outro lado, a quercetina protege a vitamina E da oxidação, com a qual também apresenta efeitos sinérgicos.
2.CARDIOVASCULAR
A mesma propriedade antioxidante descrita anteriormente é suficiente para reduzir o risco de morte por doenças e danos cardíacos. Neste sentido, a quercetina demonstrou diminuir a incidência de infarto do miocárdio e derrames cerebrais em pessoas da terceira idade , protegendo a ultra-estrutura das artérias coronárias, melhorando a circulação coronária e prevenindo a formação de trombos intravasculares.
3.Antiinflamatória
A ação antiinflamatória que muitos flavonóides possuem relaciona-se em parte com as enzimas implicadas no metabolismo do ácido araquidônico. No mecanismo antioxidante sobre a peroxidação lipídica da quercetina, está envolvida a via do ácido araquidônico o qual implica uma atividade antiinflamatória paralela.
4.ANTITUMORAL
Um dos mecanismos de ação da quercetina como agente antiproliferativo de células tumorais é através de sua capacidade antimutagênica e de seu poder antioxidante.
A adição da quercetina em alguns esquemas antitumorais com drogas sintéticas tem demonstrado aumento da atividade antitumoral.
5.IMUNOLÓGICA
Diferentes estudos têm constatado o fortalecimento do sistema imunológico, em especial no trato gastrointestinal, a partir da administração de quercetina.
Junto com o sódio tem sido demonstrado melhorar quadros de dispepsia além de evidenciar efeitos bacteriostáticos em microorganismos patológicos do trato digestivo. Um aspecto interessante do efeito antiúlcera da quercetina é que ela inibe in vitro o crescimento deHelycobacter pylori de uma forma dose-dependente. Por outro lado, a quercetina tem demonstrado poder estabilizador nos mastócitos impedindo a ação da histamina durante as reações alérgicas e inibindo a formação de leucotrienos.
A quercetina demonstra exercer um efeito sinérgico com cromoglicato de sódio.
Também tem evidenciado um efeito antifúngico em cultivos de Candida albicans, um fungo oportunista que pode surgir em quadro de imunodepressão.
6.ANTIVIRAL
A quercetina demonstrou ser um potente agente antiviral, podendo interferir com a infectividade e replicação de adenovírus, coronavírus e rotavírus em cultivos celulares.
Neste sentido, uma combinação de quercetina com rutina demonstrou reduzir a hemaglutinação, reduzindo a mortalidade de ratos infectados com o vírus influenza.
Uma cebola grande ingerida crua, durante crises herpéticas diminui a duração da crise do herpes.
Fontes:
-Prof. Dr. Lauro Xavier Filho e Bióloga Elisabeth Cristina Correia de Mello
-plantamed.com.br
-Universidade São Prancisco
-Wikipédia
Formatação e pesquisa: Helio Rubiales

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