PLANTAS MEDICINAIS

As plantas consideradas medicinais, contém substâncias bio-ativas com propriedade terapêuticas, profilática e paliativa, conhecidas desde os tempos remotos. Essas plantas são utilizadas pela medicina atual, chamada fitoterápia e suas propriedades são estudadas nos laboratórios farmacêuticos, a fim de isolar as substâncias que lhe conferem propriedades curativas. Muitas destas plantas são venenosas ou tóxicas, devendo ser usadas em doses muito pequenas para terem o efeito desejado. Toda a planta, mesmo alimentícia, pode ser potencialmente tóxica dependendo da dosagem.

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TEMÁTICA

As plantas medicinais são utilizadas pela medicina atual (fitoterapia). Entretanto, a planta “in natura” ou pré porcessada utilizada pela população sem recomendação médica é uma prática denominada “Medicina Popular” e obviamente tem seus riscos, como a dificuldade em se estabelecer dose, posologia e, em alguns casos, a verdadeira identidade de algumas espécies.

Desta forma, este espaço apresenta o uso das plantas medicinais como alternativa terapêutica e para tanto, deve ser acompanhada por um profissional da saúde.



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As informações aqui contidas não têm caráter de aconselhamento e muito menos de diagnóstico, apenas informativa. Consulte sempre um profissional da saúde para qualquer tipo de informação.

12 de ago. de 2009

ROMÃ - Punica granatum L.- Propriedades Medicinais - 25





Flor

Flor e fruto brotando

Fruto maduro

Fruto

Árvore de romã
ROMÃ
FAMÍLIA: Punicaceae
NOME CIENTÍFICO: Punica granatum L.
NOME POPULAR:Romã, romeira, romeira-da-granada.
PARTE USADA
Toda a planta; cascas da raiz, do caule, do fruto (pericarpo).
PINCIPIOS ATIVOS
Tanino, ácido gálico, pelieterina manita ou grenadina, punicina e isopelieterina
PROPRIEDADE TERAPÊUTICAS
Diurético, vermífugo, anti-séptico.
INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS
Inflamações na garganta e gengiv a, cólica, diarréia intestinal, tênia.

DESCRIÇÃO BOTÂNICA
Arbusto ereto e bastante ramoso, mede de 2 a 5m de altura. Seus ramos um tanto espinhosos revestem-se, quando jovens, de cascas avermelhada, que se tornam acinzentadas nos ramos adultos e no tronco.
Apresenta folhas glabras, opostas, caducas, um tanta onduladas e inteiras, de formato lanceolado. Nas extremidades dos ramos, surgem grandes flores solitárias, com corola composta de cinco pétalas vermelho-escarlates.
Os frutos constituem-se em bagas de casca dura e amarelo com manchas verdes, depois de bem maduras, ou mais raramente amarelo-laranja ou vermelho-claro, cuja extremidade superior é a coroada pelo cálice persistente das flores, com sementes carnosas de cor vermelha e sabor agridoce bastante agradável. Plantar em solo fértil.
ORIGEM: Ásia Ocidental
COMPOSIÇÃO
Composição Química 100grs:
Calorias ..........................................62
Água............................................... 85,0 g
Carboidratos...................................11,66 g
Proteínas.......................................... 1,17 g
Gorduras.......................................... 1,15 g
Sais Minerais ....................................1,0 g
Vitamina A........................................ 3 UI
Vitamina B1................................... 25,0 mcg
Vitamina B2................................... 32,0 mcg
Vitamina B5..................................... 0,26 mg
Vitamina C...................................... 12,6 mg
Fósforo.......................................... 105,0 mg
Ferro................................................. 0,78 mg
Cálcio................................................ 11,0 mg
Potássio............................................ 63,0 mg
Sódio................................................. 85,0 mg

PRINCIPIO ATIVO DOS COMPONENTES
*Casca
As cascas das raízes da romãzeira contém cerca de 0,6 a 0,7 % de alcalóides. Os mais importantes são a peletierina (1) e a pseudo-peletierina (2). Esses alcalóides são os responsáveis pelas propriedades tenífugas da romã.
A peletierina é o componente responsável pela atividade das cascas das raízes da romazeira contra platelmintos3 .
*Pericarpo da fruta
O pericarpo da fruta, do qual isolou-se taninos elágicos, é dotado de atividade antimicrobiana contra Staphylococcus aureus, Clostridium perfinges e contra o vírus Herpes simplex II, responsável pela manifestação do herpes genital.
A comprovação destas atividades fornece validade ao uso popular do chá de romã no tratamento das infecções da boca e garganta.
*Casca do fruto
As cascas do fruto são ricas em taninos elágicos e derivados de ácido gálico, flavonóides glicosilados, antocianinas, dentre outros compostos. Das sementes do fruto da romã foi isolado o ácido punícico (9-Z,11-Z,13-E- octadecatrienóico) (3).
FORMAS DE PREPARO
Infusão, xarope, decocção.

INDICAÇÕES E MODO DE USAR
1.Dor de garganta
Xarope do suco de romã. Extrair o suco de romã misturar com mel meio a meio e deixar cozer por uma hora. Tomar uma colher de sopa de três em três horas.
2.Carbúnculo
Cataplasmas com as folhas frescas trituradas. Renovar freqüentemente.
Doenças da garganta
Proceder como indicado em dor de garganta. Gargarejo com o decocto das flores secas e pulverizadas. Gargarejo com o suco da romã.
Teníase
Tomar um copo pequeno de decocto da casca antes de dormir.
HISTÓRIA DA FRUTA
No Irã, a romã é hoje uma das frutas preferidas da população.
Símbolo do amor e da fertilidade por suas numerosas sementes, o culto à romã vem dos rituais pagãos da Antiguidade que continuaram a se propagar mesmo com o advento do cristianismo.
A romã é uma das sete frutas pelas quais a terra de Israel foi abençoada. Entre os judeus de origem ocidental existe o costume de colocar sementes da fruta embaixo do travesseiro na passagem do Ano Novo Judaico, comemorado em setembro. Faz-se isso para atrair sorte, saúde e dinheiro no próximo ano.
Na mitologia grega, Perséfone, filha de Demeter e deusa da terra e da colheita, foi levada para o inferno por Hades, deus das profundezas. Jurou não comer nada no cativeiro, mas não resistiu a uma romã.
Comeu seis sementes. Quando Hades afinal perdeu Perséfone para Demeter, teve a permissão de ficar com ela durante seis meses de cada ano, por causa das sementes. Esses seis meses se tornaram o inverno.
Na mitologia iraniana, o fruto desejado da árvore sagrada é a romã e não a maçã, como na religião cristã.
Segundo a crendice popular brasileira, a romã também traz sorte e prosperidade.
É por essa razão que as vendas dessa fruta aumentam muito a cada final de ano, principalmente no Nordeste. Muitos brasileiros também acreditam que terão um ano novo com sorte e dinheiro se colocarem sementes de romã nas suas carteiras de dinheiro ou em partes da casa.
Muitos, pelo mesmo motivo, comem as sementes da fruta no Natal e na passagem de ano.
De acordo com a Bíblia, no templo de Salomão, a circunferência do segundo capitel das colunas do pórtico era ornamentada com 200 romãs postas em 2 ordens.
O profeta Maomé afirmava “coma romã para se livrar da inveja e do ódio”.
Tanto as folhas como suas flores são encontradas nos sarcófagos dos antigos egípcios.
No Cântico dos Cânticos, poema dramático-idílico apócrifo, atribuído ao rei Salomão por uma velha tradição (mas ao que tudo indica composto no século IV A.C.), o amor humano é exaltado através de 2 personagens principais, o esposo e a esposa. Muitos, entretanto, vêm a figura de um simples pastor no lugar do esposo. Já as tradições judaica e cristã viram no cântico o símbolo do amor de Jeová por Israel e do povo eleito por seu deus.
Nesses cânticos, a beleza da face da amada é comparada ao fruto da romãzeira, cuja cor talvez represente o ideal de beleza daquela época.
É no bosque de romãs que a amada promete entregar-se ao seu amor.
Formatação e pesquisa: Helio Rubiales

Fontes:
As Frutas na Medicina Natural
Alfons Balbach
Daniel S. F. Boarim
Edição Vida Plena
frutas.radar-rs.com.br
sbq.org.br

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